A história e a evolução do aspirador de pó, um dos eletrodomésticos mais úteis do lar

Responsável por tarefas que vão desde tirar a sujeira superficialmente até faxinas mais pesadas, o aspirador de pó é um item visto como praticamente indispensável por muita gente em casa. Seja no formato tradicional e totalmente manual quanto no automatizado, como os aspiradores robôs, esse produto de função bastante específica hoje existe de forma variada na indústria, em todos os tamanhos e incluindo até modelos premium com tecnologias de ponta.

Para chegar na situação atual, porém, ele passou por uma evolução notável até ser difundido e se tornar um eletrodoméstico tão popular. A seguir, conheça um pouco da origem, o funcionamento básico e a evolução no mercado dos aspiradores de pó.

Os primeiros experimentos

Antes da invenção do aspirador de pó, a vassoura era o grande aliado das limpezas. Esse objeto na forma que conhecemos atualmente foi inventado por um fazendeiro dos Estados unidos em 1797, mas fazia todo o processo manualmente, apenas transportando a sujeira para outro canto.

Uma evolução na área aparece em. Já especializado nesse tipo de piso, ele reunia a poeira com uma escova rotatória e um sistema rudimentar de sucção que usava um fole, mas o modelo não chegou a ser comercializado.

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A patente do primeiro aspirador de pó com aspecto moderno. (Imagem: Reprodução/Suiter.com)

Em 1869, Ives McGaffey registrou a patente do que pode ser considerado o primeiro aspirador de pó que de fato virou um produto. Ele era feito de madeira com lona e funcionava manualmente de forma complicada: o usuário girava uma manivela que bombeava o pó para dentro de um recipiente, que depois tinha o conteúdo descartado. Ele se chamava Whirlwind (redemoinho em inglês) e, infelizmente, um incêndio na fábrica destruiu quase todas as unidades e hoje ele é uma peça rara de se encontrar.

Em seguida, aparecem novos modelos ainda rústicos, mas que participam desse processo de evolução:

  • o Agan, de 1870, foi o segundo aspirador da história e já parecia um cortador de grama rudimentar, mas era considerado ‘premium’ para a época;
  • o Hercules, de 1875, que era um modelo grande feito por pai e filho na cidade de Rochester e que precisava de duas pessoas para ser operado: uma controlando o fole e outra para direcionar o cano;
  • e o Baby Daisy, de 1890, outro modelo manual e de grande porte, mas de origem europeia e que usava um recipiente de algodão para coletar a poeira.

Até que, em 1901, Hubert Cecil Booth desenvolveu o primeiro aspirador de pó a vácuo, que usava um motor a óleo no modelo inicial. Nesse dispositivo, uma bomba gerava sucção em longos tubos com bocais, enquanto um filtro de pano mantinha a sujeira presa. Ele era imenso, não podia ser transportado facilmente e nem fabricado em massa, então Booth cria uma empresa de limpeza que ia até os clientes fazer o serviço.

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Imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

Quatro anos depois, o inventor Walter Griffiths aperfeiçoou esse dispositivo e criou uma máquina de limpeza a vácuo que podia ser transportada mais facilmente. Aos poucos, o invento tomava a forma que conhecemos hoje.

O aspirador de pó definitivo

Com a ideia já estabelecida, esse aparelho foi melhorado por vários inventores nos anos seguintes, até chegar na criação de James Murray Spangler. Ele tinha origem humilde e trabalhava como zelador, além de sofrer com ataques de asma provocados pela poeira que subia no uso dos modelos rústicos.

Em 1907, ele inventa uma versão melhorada que é considerado o primeiro aspirador de pó portátil e simples o suficiente pra ser usado em casa. O empresário William Henry Hoover conheceu e adorou a ideia, transformou James em sócio e começou a fabricar o modelo um ano depois.

Outros empresários lançaram produtos parecidos, mas o Hoover foi o primeiro bem sucedido no setor, tanto que o sobrenome dele até virou meio que um sinônimo para aspirador de pó em países do Reino Unido. A empresa Hoover existe até hoje, especializada em eletrodomésticos de limpeza.

Em 1912, o fundador da Electrolux, Axel Wenner-Gren, lançou o LUX 1, um aspirador de pó com um motor de turbina para um fluxo de ar mais eficiente. E nesse ano ele chegou também ao Brasil como o primeiro aspirador de pó do país, pesando 14 kg no total.

Evoluções no mercado

Até esse ponto, o aspirador ainda era um item luxo. Só a partir de 1920 que sacos descartáveis de papel substituem as unidades de tecido, bem mais higiênico e econômico. Além disso, os aspiradores começam a ser feitos de ligas de magnésio e o plástico do tipo baquelite, o mesmo material de alguns telefones, o que tornaria esse produto mais leve, fácil de usar e também um pouco mais acessível em preço.

O design deles já era o de uma peça só, com o compartimento de sujeira na vertical junto do cabo — o “aspirador vertical“, popular até hoje. O outro tipo é o “aspirador de recipiente“, que fica cada vez mais compacto com o tempo e ganha funcionalidades como um cabo de energia maior e uma mangueira mais flexível.

Mas como um aspirador consegue fazer a limpeza? O termo em inglês para o aparelho é vacuum cleaner e isso explica como esse equipamento funciona. Por dentro, o aspirador tem um motor conectado com uma ventoinha, com o giro criando uma diferença de pressão entre o interior do aparelho e o ambiente. A oposição da atmosfera com esse vácuo parcial é o que gera o poder de sucção, que puxa o ar de fora e as partículas de sujeira que estão próximas do cano com o bocal. A sujeira vai então para um compartimento e pode ou não passar por um filtro antes.

Em 1926, a Booth inventou um motor elétrico para o vácuo que era bem menor e eficaz do que o anterior, comercializando ele no modelo “Goblin”, que virou uma marca própria. No mesmo ano saiu o Hoover 700, vendido com o slogan “beats-as-it-sweeps-as-it-cleans“, ou bate-enquanto-varre-enquanto-limpa. Esse virou meio que o resumo de como esse aparelho funciona e, nessa época, os aspiradores começaram a ganhar bocais e escovas com formatos variados para diferentes pisos e móveis.

Curiosamente, o aspirador de pó ajudou também na medicina. Em 1928, Philip Drinker e Louis Shaw criaram o pulmão de ferro, cilindro mecânico enorme que ajuda pacientes com paralisia ou com problemas respiratórios graves. O primeiro modelo usava dois aspiradores de pó na estrutura de mudança de pressão de ar dentro do cilindro.

O aspirador de pó ganha os lares

E aqui há salto no tempo, porque o aspirador de pó vira um eletrodoméstico tradicional de casas em vários países só depois da Segunda Guerra Mundial. E marcas novas começam a surgir como a Spalter, com aspiradores assinados por dois designers italianos de renome. Os produtos ficaram famoso pelo visual compacto e funcional.

Já em 1979 surge o Black & Decker DustBuster, um dos primeiros sem fio e de mão, inspirado por um projeto anterior da empresa de um aparelho para coletar amostras do solo da lua para a NASA . Ele virou referência no design desse formato, que é bom para limpeza de sofás e de locais de difícil acesso, e também uma linha inteira da fabricante. Os modelos sem fio também foram se popularizando, bons para faxinas mais rápidas, mesmo não tendo tanta potência.

Imagem: Divulgação/Black&Decker

Nesse ponto da história, surge também a figura do britânico James Dyson. Formado em Desenho Industrial, ele percebe que o aspirador convencional perde força de sucção e tem o saco de coleta de poeira deteriorado com o tempo. Ele adapta os ciclones na vertical de aspiradores industriais para modelos domésticos, fazendo com que o ar seja tão forte que as partículas mais finas não entupam o filtro. A sujeira fica em um compartimento do próprio aparelho, que pode ser higienizado.

Em 1985, depois de mais de 5 mil protótipos e anos de pesquisa, sai o G-Force. Ele é a versão final do invento, foi vendido primeiro no Japão e acabou considerado um sucesso comercial, mesmo sendo um produto premium. Foi só então que ele abriu uma empresa, a Dyson, que virou um nome muito renomado nesse setor e recentemente até chegou de forma oficial no Brasil. A Dyson começou a diversificar inclusive para equipamentos como secadores de cabelo, enquanto James vira “sir” e uma das pessoas mais ricas do Reino Unido.

O G-Force. (Imagem: Divulgação/Dyson)

Já na década de 1990, aspiradores de pó começam a surgir com filtros HEPA, sigla para alta eficiência na remoção de partículas. Eles melhoram a qualidade da limpeza e também do ar em geral.

A robotização do aspirador

E tá faltando um tipo, que surge em 1996. É nesse ano que a Electrolux apresenta o primeiro aspirador robô do mercado. Ele se chama Trilobite e já tinha o visual de disco, só que um pouco mais rechonchudo e com menos precisão no sistema de detecção de obstáculos.

Mas só em 2002 temos o primeiro robô aspirador lançado pela empresa iRobot, que a responsável pelo Roomba. Esse sim foi o modelo que popularizou a categoria e foi se tornando sonho de consumo de muita gente que quer chegar em casa e ver o piso limpinho.

1997/2002 - Electrolux Trilobite Robotic Vacuum Cleaner - Anders  Haegermarck, Lars Kilstrom, Bjorn Riise (Swedish) - cyberneticzoo.com
O Trilobite. (Imagem: Divulgação/Electrolux)

Saltando para 2017, temos uma mudança de padrão: os aspiradores que consumem mais de 900 watts e passem os 80 decibéis de ruído quando ligados deixam de ser vendidos no mercado europeu por causa de uma legislação contra poluição sonora e outros efeitos nocivos para a saúde. Esse tipo de política foi seguido em outras regiões e, no Brasil, o Inmentro também considerou esse o limite mais ou menos no mesmo período em que fez a classificação para liquidificadores.

Hoje em dia, são muitas marcas nesse segmento e quase toda companhia de eletrodomésticos tem um aspirador de pó. Nomes que se destacam incluem LG, Black & Decker, Electrolux, Panasonic, Haier e Dyson, entre muitas outras que não dá pra citar aqui.

Os avanços atuais incluem modelos conectados e com recursos de inteligência artificial, além de aspiradores de pó e também de água. A Dyson tende a ser uma das mais experimentais nos aspiradores verticais, com várias adições específicas em novos modelos. Já os robôs estão ficando mais poderosos, com mop, mapeamento 3D e até membros retráteis que tiram objetos do lugar.

Porém, esse mercado está bem disputado com a popularização de modelos chineses — tanto que a iRobot entrou em uma crise financeira complicada após não ser comprada pela Amazon, mesmo uma das pioneiras dessa área.

Quer saber o que considerar na hora de escolher um aspirador robô para comprar? Confira esse guia preparado pelo TecMundo!

Os textos acima não são de nossa autoria, são de sites de tecnologia que fornecem as matérias para consulta na internet.


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